janeiro 31, 2009

Love is a better word



Lisboa.
Hoje C. insistia que eu ficasse aqui de vez; que desfizesse os laços cariocas e me aportuguesasse; ao que eu respondi jamais - com exclamação.
Ele não entende e eu não soube e não sei explicar que gosto é desse lusco-fusco, desse estar entre, de não me decidir por um ou outro lado da margem; gosto de ter os pés aqui e o meu coração pousado lá, ou o contrário; gosto dessa dorzinha, desse desassossego, dessa coisa incompleta por completar-se, dessa interrogação.
Vá lá alguém como C. entender essas coisas.

3 comentários:

  1. Sou como aquele personagem de Nelson Rodrigues. A partir do Méier já começo a me sentir exilada. Já morei em muitas cidade, em 3 continentes, mas só no Rio me sinto totalmente em casa.

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  2. Entendo-te. Talvez faça reflexo em ti das minhas próprias indecisões. Mas ser indeciso é ser humano. Será que ser muito indeciso é ser muito humano?

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  3. como dizia aquele personagem do Marcos Palmeira na novela Pantanal: "sei lá!"

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