janeiro 24, 2009

quero ver pela primeira vez

Há pouco eu dizia a S.: a espera comanda os meus dias. E amanhã é ainda mais incerto do que já foi - o que por um lado prefiro, porque prefiro aquela árvore das possibilidades que li no livro do Kundera. Não fosse assim, sufocaria.
Os prazos que defino vão ficando ainda mais curtos, e eu, sempre lenta, sinto que vou no começo enquanto olho à volta e parece que o sentido é outro, e que o começo já foi há muito.
Será que alguém me ensina a não pensar no tempo que encerra um dia? a não me apegar tanto ao fluir da semana e de todo o resto?
Ah, tão bom se me bastasse gozar a existência como outro dia vi alguém fazer: olhar pro já visto e ver pela primeira vez. Fiquei tão comovida que a princípio nem percebi.

Um comentário:

  1. Chega uma idade em que já não definimos prazos. Quero tudo já e agora, pois não sei se haverá amanhã.

    ResponderExcluir