dezembro 21, 2008

retalhos


Estou ouvindo agora no rádio um programa especial sobre Cuba e a decisão de afastamento de Fidel depois de 50 anos. Ouvi sempre prós e contras sobre Fidel, sobre o regime, e, confusa entre a complexa realidade e o mito, sem nunca ter ido à Ilha, além de um pouco avessa a me aprofundar em certos temas, nunca cheguei a ter uma opinião formada sobre Cuba.
Mas enquanto escrevo esse postzinho sem importância, ouço a voz de uma jornalista, alguém de Honduras ou da Guatemala, a contar que a América Central está completamente dominada pelo narcotráfico, e quem não se enquadra, morre.
Ignorava que isso se passasse lá com tal dramaticidade. As revelações da mulher na rádio me afetam, fico tentando imaginar o presente e o futuro dessas populações, mas por pouco tempo: é um mundo desconhecido que, pelo menos por enquanto, está muito mais distante de mim do que as questões mais prementes do meu dia-a-dia.
Mas por um momento saí do meu retalho de realidade, sem o qual também não seria possível olhar para este mundo vasto mundo.

Cascais, 24/2/08

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